PF prende ‘hacker da Vaza Jato’ e faz buscas em endereços de Carla Zambelli

PF busca informações sobre inserção de alvarás de soltura em sistema do CNJ e mandado de prisão falso contra o ministro do STF Alexandre de de Moraes. Houve determinação para apreender passaporte e bens de deputada. Zambelli disse que nega as irregularidades.
PF busca informações sobre inserção de alvarás de soltura em sistema do CNJ e mandado de prisão falso contra o ministro do STF Alexandre de de Moraes. Houve determinação para apreender passaporte e bens de deputada. Zambelli disse que nega as irregularidades.
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PF busca informações sobre inserção de alvarás de soltura em sistema do CNJ e mandado de prisão falso contra o ministro do STF Alexandre de de Moraes. Houve determinação para apreender passaporte e bens de deputada. Zambelli disse que nega as irregularidades.

A deputada Carla Zambelli postou foto de encontro com Walter Delgatti — Foto: Reprodução/Twitter

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (2) o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por ter dado origem à chamada “Vaza Jato” ao invadir telefones de autoridades envolvidas com a operação Lava Jato.

A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), no apartamento e no gabinete dela. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também determinou apreender o passaporte da parlamentar e dinheiro e bens acima de R$ 10 mil.

O advogado de Walter Delgatti Neto confirmou a prisão ao blog e informou que ele está preso em Araraquara, no interior de São Paulo. A defesa disse que não teve acesso à decisão e que só autoriza depoimento do cliente se também estiver presente.

A defesa de Carla Zambelli divulgou nota em que confirma as buscas e nega irregularidades da deputada. Em nota, disse que “respeita-se a decisão judicial, contudo, refuta-se a suspeita que tenha participado de qualquer ato ilícito”.

Oficialmente, a Polícia Federal divulgou que foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão (três no DF, dois em SP) e um mandado de prisão preventiva.

Na ação, a PF tenta obter mais informações sobre a inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões.

Os documentos forjados incluíam um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No ofício, havia inclusive a frase “faz o L” – um dos slogans da campanha eleitoral mais recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, diz material da Polícia Federal.