Hacker que invadiu TSE teve acesso aos sistemas Oracle do governo e impediu eleitores de votar
O grupo de hackers de Portugal Cyberteam e um grupo de hackers brasileiros ligados ao hacker VandaTheGod atuaram em conjunto para invadir o sistema do Tribunal Eleitoral Brasileiro (TSE) e roubaram dados dos servidores.
O hacker português confirma autoria do ataque, mas negou comprometimento dos dados dos eleitores brasileiros.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) acusou o hacker português Tomás Pedroso, também conhecido por Zambrius, por invadir o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições municipais de 2020. Juntamente com três outros cybercriminosos brasileiros.
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O grupo é acusado de invasão de computadores, de violar a lei eleitoral ao entrar nos servidores e roubar dados do sistema eleitoral e de associação criminosa.
Segundo a acusação feita pelo Ministério Público Eleitoral, os hackers conseguiram acesso ao sistema do TSE, roubaram dados dos servidores e vazaram na internet.
Um mês depois, de acordo com o MPE, dois dos hackers dificultaram o funcionamento do aplicativo e-Título e impediram os eleitores de comprovar a sua identidade pelo aplicativo.
O MPE acredita que os ataques foram coordenados por pelo menos dois grupos de hackers, a Cyberteam, liderada pelo hacker português, e um grupo chamado Noias do Amazonas (que utilizava a sigla NDA), liderado pelo hacker conhecido por Sanninja e no qual participava em conjunto com outros hackers chamados VandaTheGod e Synchr0n1ze.
O MPE acusa o grupo de promover “desordem prejudicial aos trabalhos eleitorais” e de interferir “na devida prestação de serviços relevantes ao eleitor”.
O hacker Tomás Pedroso que invadiu os dados do TSE encontra-se em liberdade em Portugal e aguarda o recurso da sentença de seis anos de prisão, tendo a obrigação de se apresentar duas vezes por semana às autoridades portuguesas e estando proibido de sair do país. Foi acusado de 28 crimes de acesso ilegítimo agravado, desvio de dados e dano informático.
Já os demais hackers brasileiros envolvidos foram detidos pela polícia e foram julgados na justiça pelos atos criminosos.
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